Num país muito distante existia um lugarzinho de beleza estonteante. Nesse vilarejo as pessoas viviam de forma simples e confortável. A natureza ali era generosa. As flores com coloridos exuberantes exalavam um suave e agradável aroma. A fauna era basicamente de pássaros e pequenos roedores que brincavam sem cerimônia dentre os bancos de praças e jardins. O lugar era agradabilíssimo em todas as estações. No verão, o sol iluminava um grande lago e grupos de cisnes navegavam elegantes num lindo espelho d’água. No inverno, um frio agradável pedia por deliciosos passeios com amigos, parentes ou amantes, ou à leitura de um bom livro na praça, tudo regado a fumegantes canecas de chocolate e cappuccino. As noites naquele lugar traziam um espetáculo fascinante. As estrelas formavam um carrossel de luzes e parecendo purpurinas cravejavam todo o firmamento, delineando figuras estonteantemente brilhantes.
A harmonia nesse lugar era perfeita. As pessoas se respeitavam e viviam num ambiente de grande companheirismo e educação. Os velhos eram venerados por sua sapiência e por suas lições de vida, as mulheres eram bem tratadas e sempre servidas por atitudes de cavalheirismo pelos demais. Os homens eram educados e solícitos. Viviam do trabalho do campo, do gado e do comércio local. As crianças viviam felizes, sem medos de violências ou opressões. Praticamente todos os moradores se conheciam, se respeitavam e se admiravam.
Os recursos naturais desta aldeia eram formidáveis. Havia boi, vacas e cabras, criados por fazendeiros locais e que serviam com sobras o fornecimento de carne, leite e derivados a toda população. Agricultores daquelas terras também produziam de maneira sustentável, grãos, cereais, legumes e frutas em abundância.
Certa vez, um forasteiro de nome Cláudio chegou àquela pequena e adorável terra. Foi recebido com extrema simpatia por seus ocupantes. Foi adulado, bem tratado. Cláudio ficou encantado com a qualidade daquele sítio e não tinha a menor dúvida. Ali ele ficaria pra sempre.
Cláudio, que nem tinha família, instalou-se com conforto perto de uma praça, no andar superior de um sobrado, cuja dona fez questão de que fosse por ele ocupado. Desenhista de mão cheia e trabalhando com esboços de rostos humanos e animais, Cláudio logo viu suas ilustrações terem boa aceitação e venda. Cláudio em pouco mais de alguns meses já era mais um feliz morador daquele adorável lugar.
Certa vez, Cláudio passeava perto do lago e ouviu o som de uma cachoeira. Curioso ele logo perguntou ao primeiro transeunte sobre aquele som. O jovem, de forma muito simpática disse que se tratava de uma bela queda d’água que fechava um portal no meio do bosque.
--- Portal? Como assim portal? Perguntou Cláudio.
O Jovem de forma muito prestativa, pediu para que o curioso homem o acompanhasse e o guiou rumo ao bosque.
Foi de boca aberta que Cláudio viu uma das imagens mais linda de sua vida. Uma alameda dentro do bosque revelava um córrego de água cristalina e no fundo da paisagem surgia uma imensa queda d’água correndo rente a um paredão de rocha, muito alto. As cores das flores e dos pássaros ao redor, cintilavam e faziam aquilo tudo parecer uma pintura impressionista de Monet. Cláudio de fato percebeu que por detrás da grossa coluna de água, um portal que parecia ter sido feito por alguma civilização antiga surgia. O volume de água não permitia que se enxergasse o que a caverna e o portal escondiam, mas percebia-se que existia sim uma passagem por ali. Vendo aquilo, Cláudio fez a pergunta mais obvia.
--- O que tem dentro da caverna?
--- O rapaz disse que ninguém nunca havia tentado olhar.
Observando o espanto de Cláudio, o rapaz ainda completou:
--- Reza a lenda que um cavaleiro antigo, um dia ali entrou e nunca mais retornou. Um imperador a cerca de quatro séculos disse que as pessoas de bem nunca deveriam nem tentar por ali passar.
Cláudio agora estava ainda mais surpreso. Baseado numa velha lenda, os moradores daquela cidadela nunca pensaram em passar por aquela cortina de água? Provavelmente haveria ali algum tesouro perdido. Talvez a própria lenda tenha surgido como forma de afastar os tolos daquele lugar. O que mais deixava Cláudio abismado era o fato da facilidade de que alguém teria pra tentar a passagem e que ninguém nunca a tivera feito.
Cláudio agradeceu ao rapaz e voltou com ele ao centrinho da vila. Deixou que o rapaz tomasse seu rumo e disfarçou que iria para casa.
--- Mostrarei a esses inocentes tolos, que as lendas são coisas criadas por espertalhões de outrora. Pensou o forasteiro.
Cláudio esperou o entardecer e foi de novo até aquela alameda.
O local com a luz do sol ponte parecia ainda mais belo e convidativo. Cláudio tirou as sandálias, arregaçou as calças e caminhou por entre a agradável água até o portal. Chegou bem perto da queda e passou com facilidade.
...
O vilarejo continuou lá. No entanto os moradores nunca entenderam porque um forasteiro certa vez, chegou, ficou, parecia feliz e subitamente foi embora.
A harmonia nesse lugar era perfeita. As pessoas se respeitavam e viviam num ambiente de grande companheirismo e educação. Os velhos eram venerados por sua sapiência e por suas lições de vida, as mulheres eram bem tratadas e sempre servidas por atitudes de cavalheirismo pelos demais. Os homens eram educados e solícitos. Viviam do trabalho do campo, do gado e do comércio local. As crianças viviam felizes, sem medos de violências ou opressões. Praticamente todos os moradores se conheciam, se respeitavam e se admiravam.
Os recursos naturais desta aldeia eram formidáveis. Havia boi, vacas e cabras, criados por fazendeiros locais e que serviam com sobras o fornecimento de carne, leite e derivados a toda população. Agricultores daquelas terras também produziam de maneira sustentável, grãos, cereais, legumes e frutas em abundância.
Certa vez, um forasteiro de nome Cláudio chegou àquela pequena e adorável terra. Foi recebido com extrema simpatia por seus ocupantes. Foi adulado, bem tratado. Cláudio ficou encantado com a qualidade daquele sítio e não tinha a menor dúvida. Ali ele ficaria pra sempre.
Cláudio, que nem tinha família, instalou-se com conforto perto de uma praça, no andar superior de um sobrado, cuja dona fez questão de que fosse por ele ocupado. Desenhista de mão cheia e trabalhando com esboços de rostos humanos e animais, Cláudio logo viu suas ilustrações terem boa aceitação e venda. Cláudio em pouco mais de alguns meses já era mais um feliz morador daquele adorável lugar.
Certa vez, Cláudio passeava perto do lago e ouviu o som de uma cachoeira. Curioso ele logo perguntou ao primeiro transeunte sobre aquele som. O jovem, de forma muito simpática disse que se tratava de uma bela queda d’água que fechava um portal no meio do bosque.
--- Portal? Como assim portal? Perguntou Cláudio.
O Jovem de forma muito prestativa, pediu para que o curioso homem o acompanhasse e o guiou rumo ao bosque.
Foi de boca aberta que Cláudio viu uma das imagens mais linda de sua vida. Uma alameda dentro do bosque revelava um córrego de água cristalina e no fundo da paisagem surgia uma imensa queda d’água correndo rente a um paredão de rocha, muito alto. As cores das flores e dos pássaros ao redor, cintilavam e faziam aquilo tudo parecer uma pintura impressionista de Monet. Cláudio de fato percebeu que por detrás da grossa coluna de água, um portal que parecia ter sido feito por alguma civilização antiga surgia. O volume de água não permitia que se enxergasse o que a caverna e o portal escondiam, mas percebia-se que existia sim uma passagem por ali. Vendo aquilo, Cláudio fez a pergunta mais obvia.
--- O que tem dentro da caverna?
--- O rapaz disse que ninguém nunca havia tentado olhar.
Observando o espanto de Cláudio, o rapaz ainda completou:
--- Reza a lenda que um cavaleiro antigo, um dia ali entrou e nunca mais retornou. Um imperador a cerca de quatro séculos disse que as pessoas de bem nunca deveriam nem tentar por ali passar.
Cláudio agora estava ainda mais surpreso. Baseado numa velha lenda, os moradores daquela cidadela nunca pensaram em passar por aquela cortina de água? Provavelmente haveria ali algum tesouro perdido. Talvez a própria lenda tenha surgido como forma de afastar os tolos daquele lugar. O que mais deixava Cláudio abismado era o fato da facilidade de que alguém teria pra tentar a passagem e que ninguém nunca a tivera feito.
Cláudio agradeceu ao rapaz e voltou com ele ao centrinho da vila. Deixou que o rapaz tomasse seu rumo e disfarçou que iria para casa.
--- Mostrarei a esses inocentes tolos, que as lendas são coisas criadas por espertalhões de outrora. Pensou o forasteiro.
Cláudio esperou o entardecer e foi de novo até aquela alameda.
O local com a luz do sol ponte parecia ainda mais belo e convidativo. Cláudio tirou as sandálias, arregaçou as calças e caminhou por entre a agradável água até o portal. Chegou bem perto da queda e passou com facilidade.
...
O vilarejo continuou lá. No entanto os moradores nunca entenderam porque um forasteiro certa vez, chegou, ficou, parecia feliz e subitamente foi embora.
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